Na Era do Delivery, Grupo Papila Deli Aposta em Lojas Físicas para Chegar Aos R$ 90 Milhões em 2026
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Para se ter sucesso no mundo dos negócios, às vezes é preciso subverter tendências para se diferenciar dos demais. É nisso que aposta o grupo Papila Deli para alcançar a marca de um faturamento anual de R$ 90 milhões.
Depois de seis anos construindo sua reputação exclusivamente no ambiente digital, eles dão os seus primeiros passos no mundo físico. Nascida nos aplicativos de entrega e reconhecida pelas caixas coloridas, a empresa quer levar a sua identidade para fora da tela do celular.
A estreia acontece com o primeiro quiosque da marca, inaugurado no Shopping Eldorado no início do mês, em São Paulo. A expectativa é que o ponto, sozinho, fature mais de R$ 4 milhões em seu primeiro ano de operação.
Esse movimento acompanha a trajetória acelerada de crescimento. Em 2023, a Papila faturou R$ 33 milhões; dois anos depois, deve fechar 2025 em torno de R$ 70 milhões, com projeção de chegar a R$ 90 milhões em 2026.
A estratégia do grupo inverte a lógica tradicional do setor gastronômico, em que restaurantes físicos costumam lançar o delivery como complemento. “A gente acredita que fez o caminho mais difícil para fazer uma marca ser conhecida, que foi 100% pelo digital”, diz Bruno Kormes, um dos sócios-fundadores.
Agora, o foco é consolidar essa construção. “O físico vai trazer mais consciência de marca para o nosso negócio e a experiência do quiosque vai gerar mais consumo pelas entregas. Quanto mais próximo do cliente estivermos, mais conectado, mais o nosso core, que é o delivery, vai ser visto”, afirma Bruno.
A experiência “olho no olho”, aposta o grupo, tende a fortalecer o vínculo com o produto e aumentar a frequência de pedidos nos aplicativos. Com a inauguração no Eldorado, a empresa passa a operar sete unidades — incluindo a central no Itaim e pontos no Brooklyn, Vila Mariana, Perdizes, Centro e Pinheiros.
Atualmente, a operação está sob a liderança do chef Antonio Mendes, enquanto Alex Lewkowicz responde por novos negócios. A partir de 2026, Bruno assume a gestão da companhia, Antonio passa a liderar toda a operação como head, e Alex segue focado na expansão.
Por dentro da estratégia
A escolha por um quiosque — e não por uma loja tradicional — foi pensada. Diferentemente de um ponto físico convencional, o formato exige um investimento inicial menor e pode ser implantado em cerca de 45 dias — contra os meses de obra necessários para a abertura de uma unidade mais elaborada.
O modelo também aproveita a expertise que a Papila acumulou ao longo dos anos em eventos, como o Lollapalooza e The Town, além de grandes shows. Na maior parte dessas operações, a marca já operava com totens de autoatendimento — mesmo sistema que migra para o mundo físico.
Para se adequar à competitividade da praça de alimentação — onde o consumidor tem múltiplas opções — o grupo ajustou cardápio e preços. O ticket médio, que no delivery gira entre R$ 70 e R$ 80, deve ficar próximo de R$ 50 a R$ 60.
“No ponto físico a gente vai ter concorrentes que já trabalham com ticket médio mais baixo. E o delivery tem taxas que, no movimento para o físico, a gente não tem”, explica Bruno. A redução dos custos permitiu o balanceamento de preços, sem comprometer a viabilidade do negócio e o volume de vendas esperado para o próximo ano.
“Isso exige um time mais enxuto para funcionar dentro do espaço disponível”, afirma. A escolha pelo shopping localizado em Pinheiros se deu pelo seu alto fluxo de pessoas.
Entre os principais desafios da nova etapa, o chefe de operações da Papila, Antonio Mendes, aponta que os obstáculos se concentram na execução operacional. “Na cozinha dedicada ao delivery, atrasos de meia hora ou até uma hora podem ser absorvidos sem grandes impactos. No shopping, não”, comenta ele.
Crescimento na crise
A história da Papila nasce do encontro de três trajetórias, que se cruzaram em 2018. De um lado estava Bruno, vindo do mundo corporativo, com passagens por empresas como BRF e Kraft Heinz, em busca de entender o empreendedorismo na prática.
Do outro, Alex, empreendedor desde cedo, que já havia fundado duas empresas de tecnologia e também um restaurante japonês. O elemento que faltava era na área da gastronomia — papel que veio com Antonio.
O chef havia passado oito anos na Europa, onde estudou gastronomia e trabalhou em restaurantes estrelados pelo Guia Michelin, incluindo casas de duas e três estrelas em Paris e em San Sebastián, na Espanha.
O negócio começou com um capital inicial de R$ 700 mil, levantado junto a três investidores-anjo, todos conectados por Alex. Entre eles estavam ex-fundadores do iFood e executivos com experiência no mercado de tecnologia e food service. “A gente não começou sozinho. Não tinha muito dinheiro, tinha o que conseguiu acumular ao longo da carreira. Então fomos atrás de investidor-anjo”, conta Bruno.
A ideia inicial era vender pizza, mas o plano durou pouco. “Até os 49 do segundo tempo a gente ia começar com pizza”, diz Bruno. Porém, o problema era operacional, já que o item concentrava vendas apenas nos fins de semana. Foi então que o grupo decidiu mudar a rota. “Antonio estava terminando um curso de arroz japonês quando surgiu a sugestão: poke. Será que o poke não pode ser o novo japonês?”, lembram os sócios. Após alguns testes de receita, a decisão foi tomada.
A Papila iniciou as operações em dezembro de 2019. No entanto, poucos meses depois, em março de 2020, veio a pandemia. “Os restaurantes fecharam para o público, mas o delivery explodiu. A gente passou de 30, 40 pedidos por dia para 100. De 100 foi para 200, de 200 para 300”, conta Bruno.
Ele destaca ainda o papel dos influenciadores digitais, que, naquele momento, ajudaram marcas de que gostavam a crescer sem custo. “Desde o começo nós fomos muito pé no chão, construindo base antes de pensar em expandir”, diz Bruno.
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